EAD é uma excelente coisa. Alguns, como eu, falam de tal prática com conhecimento de causa, outros, que nunca a usaram para valer, grasnam aqui e ali.Quando você começar a defender o ensino a distância para graduações plenas, no Brasil atual, pare e se pergunte sinceramente: eu daria isso ao meu filho ou gostaria que ele fizesse um curso regular, presencial?Os que têm alguma vida intelectual, que são professores universitários ou ocupam cargos que demandaram formação intelectual mais sofisticada, caso sejam honestos consigo mesmos, jamais darão a resposta, em público, optando pelo ensino não presencial. Os educados entre os anos 40 e 60 fizeram escola pública. Alguns mais ricos fizeram os colégios particulares de alta elite (e não os que se passam por tal, mas são de classe média – os apostilados). No meu caso, toda a minha trajetória principal é em escola pública. O ministro da Educação atual, Fernando Haddad, mais novo que eu, usou a escola particular, nunca pisou na escola pública, ao menos não antes de ser ministro. Ele sempre foi rico. Eu não deixaria meus filhos não prestar vestibular para a universidade estatal. Caso fossem para a uma particular, por alguma razão, empurraria para uma PUC ou Mackenzie.Nossas elites fazem o ensino a distância, atualmente, ser exatamente aquilo que foi o ensino profissional. Há a “escola para os nossos filhos” e a “nossa escola para os filhos dos outros” – esta é a verdadeira política educacional de nossas elites. Adorávamos falar bem do ensino profissionalizante, técnico, mas, para os nossos filhos, queríamos o ensino propedêutico – o caminho para a universidade. Mutatis mutandis, aplicamos hoje a mesma coisa ao ensino a distância, pois falamos bem do ensino a distância quando estamos em público, mas não a quatro paredes, não para os nossos filhos. Não queremos que o Gilberto Dimenstein, o garoto propaganda do PSDB (e talvez até do PT, agora que o PT mensaleiro se igualou ao PSDB “social democrata”), tenha xiliques conosco. Todavia, uma vez em casa, aconselhamos um filho nosso a fazer a universidade presencial, de preferência estatal.Quando pressionados, dizemos assim, hipocritamente: “ah, mas o ensino a distância também é bom, e conhecemos lugares onde o presencial é ruim, e o ensino a distância é para democratizar a universidade – nem todos podem ir para onde existe universidade”. Na condição de pessoas da elite, deveríamos dizer outra coisa, caso fôssemos honestos mesmo: “vamos melhorar o ensino básico, vamos ampliar as vagas das universidades estatais, vamos pagar bons salários para todo professor no ensino estatal em todos os níveis etc”. Já fizemos algo assim no passado. Podemos fazer de novo. Não temos que voltar ao que foi moda nos Estados Unidos nos anos 70, a “pedagogia compensatória”. Não foi ela que melhorou o nível intelectual do americano. Aliás, os que propunham isso nos Estados Unidos, diziam propor para eles mesmos, mas, na verdade, queriam só que os latinos usassem aquilo, dentro do país, e também vendiam aquilo como solução para a educação no Terceiro Mundo.Deveríamos usar o EAD como apoio, um grande apoio por sinal. Deveríamos usar o EAD como canal para alguns tipos de ensino técnico. Deveríamos usar o EAD para programas de treinamento. Mas não podemos usar o EAD para a graduação, para a formação básica do profissional, especialmente em relação aos saberes que demandam vivência universitária. O último curso que eu colocaria em EAD é o curso de pedagogia ou qualquer outra licenciatura. Não falo isso como algo que tenha valor em lugar e em todos os tempos. Falo isso para o Brasil atual. Temos condições de fazer coisa melhor do que tentar preservar uma parte da universidade estatal para nossos filhos, e oferece-la em moldes de EAD para os filhos dos outros. Seria mais digno e muito possível oferecermos aos outros o que damos de melhor aos nossos. E isso, nós sabemos bem, é possivel. Caso quiséssemos, faríamos um programa de diminuição da distância social e econômica entre nós, e ampliaríamos para valer a boa universidade e também a chance de um bom número de pessoas gastarem 4 anos para ter vivência universitária – isso é fundamental.O que desejamos para nossos filhos é o que deveríamos desejar para os filhos dos outros. O resto é demagogia, hipocrisia e conversa fiada, e isso quando não é coisa pior, bem pior. EAD é boa coisa, mas não deveria servir como está servindo, para não fazermos, antes, o que deveria ser feito em termos de uma política educacional de gente séria.Paulo Ghiraldelli Jr., filósofo – http://ghiraldelli.ning.com
terça-feira, 7 de julho de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
militantes históricos expulsos
PSTU
perde quase metade dos seus militantesEles foram acusados de se "burocratizar" dentro dos sindicatos e intimados a se desligarem das diretorias, mas preferiram deixar o partido.Por Luana FerreiraTamanho do texto: A ImprimirO PSTU perdeu 20 dos cerca de 50 militantes que mantinha no estado por divergências em relação ao controle dos sindicatos. Ele foi fundado em 1994 em Natal e não possui prefeitos, deputados ou vereadores no Rio Grande do Norte.
Em março, seis dos membros do PSTU que eram também diretores dos sindicatos da Saúde, Bancários e dos Servidores Federais receberam um ultimato do PSTU nacional para que deixassem os cargos, sob pena de serem expulsos do partido.
Eles faziam parte, com mais 14 militantes, da Regional 2, grupo liderado por Sônia Godeiro, que já foi candidata a governadora e constitui, junto com Dário Barbosa (da Regional 1), a "cara" do PSTU no Rio Grande do Norte.
Como não concordaram com o desligamento dos sindicatos, todos os 20 militantes da Regional 2 se afastaram do partido e a facção se acabou. O partido estava dividido em duas regionais há um ano, mas a divisão interna já existia, segundo os militantes, desde 2 000.
"Eles queriam que a gente comungasse com todos as ideias do partido, e o sindicato é algo maior, que abriga trabalhadores com várias ideologias, inclusive de outros partidos", afirmou Sônia Goderio durante uma coletiva que a ex-Regional 2 convocou na manhã desta quarta-feira (15).
Outra queixa dos sindicalistas seria a atitude centralizadora da Executiva Nacional frente às discussões internas do partido. "A democracia dentro do partido se acabou", lamentou Marcos Tinôco, do SindBancários.
"Os dirigentes começaram a exercer uma relação de autoritarismo e posse nos sindicatos e deixaram de lado as questões políticas", afirmou por telefone, ao Nominuto.com, Dário Barbosa, presidente do diretório estadual e líder da Regional 1. Ele acusou os ex-companheiros, muitos deles há vários anos na direção dos sindicatos, de se "degenerarem" politicamente e se "burocratizarem" dentro das diretorias.
Para Dário Barbosa, que concorda com a decisão da Executiva Nacional, os militantes deveriam, sim, comungar com as ideias dos partidos. "Caso algum deles se elegesse vereador, como se comportariam nas votações?", perguntou.
"Eles agem assim porque não dirigem nada. São oposição a vida inteira", acusou Marcos Tinôco. Os ex-PSTU confirmaram que continuarão na luta sindical mas não consideram, ainda, o ingresso em outra legenda. "Eles podem tirar a sigla do PSTU de nós, mas não vão tirar nossa ideologia", resumiu o sentimento do grupo Gizélia Rocha, do SintSet (Servidores Federais). Partido expulsa seis em NatalPostado no dia 14/04/2009 18:22:00O
Em março, seis dos membros do PSTU que eram também diretores dos sindicatos da Saúde, Bancários e dos Servidores Federais receberam um ultimato do PSTU nacional para que deixassem os cargos, sob pena de serem expulsos do partido.
Eles faziam parte, com mais 14 militantes, da Regional 2, grupo liderado por Sônia Godeiro, que já foi candidata a governadora e constitui, junto com Dário Barbosa (da Regional 1), a "cara" do PSTU no Rio Grande do Norte.
Como não concordaram com o desligamento dos sindicatos, todos os 20 militantes da Regional 2 se afastaram do partido e a facção se acabou. O partido estava dividido em duas regionais há um ano, mas a divisão interna já existia, segundo os militantes, desde 2 000.
"Eles queriam que a gente comungasse com todos as ideias do partido, e o sindicato é algo maior, que abriga trabalhadores com várias ideologias, inclusive de outros partidos", afirmou Sônia Goderio durante uma coletiva que a ex-Regional 2 convocou na manhã desta quarta-feira (15).
Outra queixa dos sindicalistas seria a atitude centralizadora da Executiva Nacional frente às discussões internas do partido. "A democracia dentro do partido se acabou", lamentou Marcos Tinôco, do SindBancários.
"Os dirigentes começaram a exercer uma relação de autoritarismo e posse nos sindicatos e deixaram de lado as questões políticas", afirmou por telefone, ao Nominuto.com, Dário Barbosa, presidente do diretório estadual e líder da Regional 1. Ele acusou os ex-companheiros, muitos deles há vários anos na direção dos sindicatos, de se "degenerarem" politicamente e se "burocratizarem" dentro das diretorias.
Para Dário Barbosa, que concorda com a decisão da Executiva Nacional, os militantes deveriam, sim, comungar com as ideias dos partidos. "Caso algum deles se elegesse vereador, como se comportariam nas votações?", perguntou.
"Eles agem assim porque não dirigem nada. São oposição a vida inteira", acusou Marcos Tinôco. Os ex-PSTU confirmaram que continuarão na luta sindical mas não consideram, ainda, o ingresso em outra legenda. "Eles podem tirar a sigla do PSTU de nós, mas não vão tirar nossa ideologia", resumiu o sentimento do grupo Gizélia Rocha, do SintSet (Servidores Federais). Partido expulsa seis em NatalPostado no dia 14/04/2009 18:22:00O
Comitê Executivo Nacional do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) expulsou seis integrantes do partido em Natal, sendo três do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde), Wilson Farias, Valério Fonseca e Sônia Godeiro (presidente do Sindicato), dois do SindBancários, Juvêncio Hemetério e Marcos Tinôco, e Gisélia Rocha, representante do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no RN (SintSef). Segundo o assessor do Sindsaúde, Rafael Duarte, a expulsão dos militantes deu-se a partir de divergências de organização e administração no partido. Outros 13 militantes resolveram romper com o PSTU em solidariedade aos colegas. Os ex-integrantes do partido concederão uma entrevista coletiva nesta quarta (15), a partir das 10h, na antiga sede da PSTU, localizado na rua Gonçalves Lêdo, onde explicarão com mais detalhes os motivos do rompimento. Com informações do DN Online EXPULSÃOPSTU expulsa Sônia Godeiro e mais cincoOutros 13 militantes, em solidariedade, também decidiram romper com o Partido Ex-integrantes do PSTU, expulsos do partido, concedem entrevista coletiva nesta quarta-feira, 15 de abril, a partir das 10h, na antiga sede do PSTU, localizada na rua Gonçalves Lêdo, em frente ao Bardallo´s (por trás da loja de departamentos Leader), para explicar os motivos do rompimento com o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU).
A direção nacional do PSTU expulsou seis militantes do partido em Natal ligados a três grandes sindicatos do RN. Os sindicalistas Sônia Godeiro e Wilson Farias, do Sindsaúde, Juvêncio Hemetério e Marcos Tinôco, do SindBancários, Gisélia Rocha, do SintSef e Valério Fonseca, advogado e assessor jurídico do Sindsaúde foram obrigados a deixar as funções em seus respectivos Sindicatos, onde foram eleitos democraticamente pela categoria, caso quisessem continuar nos quadros do partido. Os sindicalistas, que fundaram o PSTU no RN, não aceitaram a imposição autoritária e truculenta do partido, que sequer deu direito de defesa aos militantes, e optaram por deixar a sigla. //15.04 A+ A-Publicado às 01:26
Sônia Godeiro e outros sindicalistas são expulsos do PSTU
A cara do PSTU...Pois não é que a sindicalista Sônia Godeiro foi expulsa do partido?Ela e outros colegas sindicalistas...Wilson Farias, do Sindsaúde; Juvêncio Hemetério e Marcos Tinôco, do SindBancários; Gisélia Rocha, do SintSef; e Valério Fonseca, advogado e assessor jurídico do Sindsaúde.Os militantes foram expulsos pela direção nacional do PSTU, que condicionou a permanência dos mesmos no partido, à saída deles dos cargos que ocupam nos sindicatos.Fundadores do PSTU no RN, os sindicalistas não aceitaram a imposição considerada por eles, "autoritária e truculenta" do partido.Outros 13 militantes, em solidariedade, também decidiram romper com o PSTU.Os expulsos concederão entrevista coletiva hoje, às 10 horas, na antiga sede do partido, na rua Gonçalves ledo, no centro de Natal.
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